ARTISTAS
Ana Quintans - voz
Ricardo Ribeiro - voz
Miguel Amaral – guitarra portuguesa
Marco Oliveira – voz e viola de fado
Marcos Magalhães - direcção musical e harmónio
Os Músicos do Tejo
Dir. Marcos Magalhães e Marta Araújo
Violinos I: Nuno Mendes (concertino), Álvaro Pinto e Sara Llano
Violinos II: Denys Stetsenko, Raquel Cravino e Lígia Vareiro
Violas: Lúcio Studer e Pedro Braga Falcão
Violoncelo: Ana Raquel Pinheiro e Henrique Constância
Contrabaixo: Vicente Magalhães
Cravo: Marta Araújo
Oboé e flauta de bisel: Pedro Castro
Percussão: Joel Silva
Os Músicos do Tejo têm apoio da DGArtes, da Câmara Municipal de Lisboa e da Biblioteca Nacional de Portugal
Horário
Local
Morada
Campo de Santa Clara (ZONA A)
Duração
90 min.
M/6
Acesso reservado a bilhetes pré-levantados • 0€ — ADQUIRIR BILHETE
(Entrada do público 30 min. antes do início da sessão c/ higienização)
Concerto ao vivo e com transmissão Live Streaming, acompanhe em direto em #TODOSemlinha.
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“A essência da música portuguesa (da música), a sua riqueza, é essa capacidade de assimilar saber – saberes – de todas as eras e todos os quadrantes, e de os transmitir, partilhar. Porque também é assim que a memória do mundo se transmite(...). No final, uma certeza – mais do que fado, há “isto”.” – Maria Augusta Gonçalves, JL.
O programa From Baroque to Fado (que em tempos se intitulou Fado Barroco) tem-se revelado um projeto rico de emoções e ideias musicais que continua a suscitar o interesse do público. A isso não será alheio o desenvolvimento enorme da carreira, em terrenos musicais distintos, de duas vozes portuguesas de grande valor artístico: Ana Quintans e Ricardo Ribeiro. Ao juntá-las em torno de um projeto de investigação da cultura musical portuguesa em termos novos e originais, Os Músicos do Tejo criaram um encontro musical pleno de invocações.
De facto, este projeto que nasceu na Finlândia pode veicular imagens diferentes da nossa cultura musical, além de questionar, de forma coerente, algumas divisórias conceptuais que não permitem a plena fruição da nossa tradição musical, tanto imaterial como escrita e erudita.
Neste concerto procuram-se vários tipos de ligações e coerências entre as músicas que não, unicamente, as de ordem cronológica, geográfica e contextual. No que toca aos eixos principais desta viagem, dá-se a ver/ouvir um nomadismo da música modal ibérico-árabe, uma alma portuguesa em mutação no som da guitarra portuguesa e, por fim, uma vocalidade operático-napolitana-fadística com ingredientes brasileiros.
PROGRAMA
1º Capítulo – guitarra portuguesa, símbolo da música portuguesa:
• Carlos Paredes (1925-2004): Verdes anos - guitarra portuguesa solo
• A. de Silva Leite (1759-1833): Minuete (Estudo da guitarra Porto 1796) - guitarra portuguesa, cravo e viola de fado
2º Capítulo – Portugal Medieval, raízes árabes e galaicas:
• Anónimo (século XIII): Cantiga de Santa Maria 23: Como Déus fez vinno d'agua ant'Arquetecrinno Ana Quintans, Ricardo Ribeiro e orquestra
• Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sinfonia da cantata Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212 - orquestra
• Rabih Abou-Khalil (1957) José Régio (1901-1969): Soneto de amor - R. Ribeiro e orquestra
3º Capítulo – Portugal Barroco:
• Francisco António de Almeida (1702-1755): Venerandum, extraído de Te Deum (ca. 1750), Ana Quintans, flauta de bisel, saltério (guitarra portuguesa) e basso
• F. A. de Almeida: In queste lacrime, Arsindo specchiasti, ária da serenata Il Trionfo d'Amore (1729), Ana Quintans e orquestra
• F. A. de Almeida: Un cor, ch’ha per costume, ária da ópera La Spinalba (1739), Ana Quintans e orquestra
4º Capítulo – Fado puro (Ricardo Ribeiro, guitarra portuguesa e viola de fado):
• Destino Marcado - Fado Menor
poema: Fernando Farinha
música: tradicional
• Olhos Estranhos - Fado Corrido
poema: Conde Sobral
música: traditional
• Fado do Alentejo
poema: Rosa Lobato Faria
música: Rão Kiao
5º Capítulo - Lunduns e modinhas:
• António Cláudio Pereira (fl. 1780-1820): Sinfonia em Ré – orquestra
• José Palomino (1755-1810): Duetto de Marujo e Regateira no Entremez das Regateiras Zelozas no Theatro Nacional do Salitre (1801) – A. Quintans, R. Ribeiro e orquestra
• Anónimo: Os efeitos da ternura (lundum) – R. Ribeiro, Marco Oliveira, cravo, viola de fado e percussão
6º Capítulo - Fado e mais além:
• Com que voz (Ana Quintans e orquestra)
poema: Luiz de Camões
música: Alain Oulman
orquestração: Marcos Magalhães
• Romance (Ricardo Ribeiro e orquestra)
poema: Afonso Lopes Vieira
Música: Carlos Gonçalves
orquestração: Marcos Magalhães
• O Pastor (Ana Quintans e orquestra)
poema: Pedro Ayres Magalhães
música: Madredeus
orquestração: Marcos Magalhães
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